Mittwoch, 30. April 2008

Para Daniel Cohn-Bendit, Maio de 68 foi "conquista da liberdade"

Figura emblemática na França na revolta de Maio de 68, Daniel Cohn-Bendit, hoje deputado europeu, afirma que sua geração partiu, naquele momento, para a "conquista da liberdade".
Leia entrevista concedida pelo ex-líder estudantil à agência de notícias France Presse:
France Presse: Qual o símbolo mais forte de Maio de 68 para você?
Leia mais (30/04/2008 - 16h14)

Cuba foi principal inspiração dos protestos na América Latina

O movimento estudantil da década de 60 na América Latina surgiu apoiado nos mesmos pilares que os protestos em todo o mundo: a contracultura, baseada na mudança dos paradigmas sociais, e

a libertação em relação aos governos autoritários.
Porém, os latino-americanos possuíam razões particulares para os protestos. A luta também era contra o subdesenvolvimento econômico, as difíceis condições de vida e as ditaduras militares. Além dos aspectos de contestação cultural, os protestos tinham viés político.










Reprodução
Che Guevara, o médico argentino que lutou na Revolução Cubana
Che Guevara, o médico argentino que lutou na Revolução Cubana

Leia mais (30/04/2008 - 16h15)

Morte de Martin Luther King impulsionou movimento negro nos EUA

O movimento negro nos Estados Unidos ganhou força em 4 de abril de 1968, após a morte do reverendo e ativista pelos direitos civis dos negros Martin Luther King. Enquanto conversava com o pastor Jesse Jackson, na sacada do hotel Lorraine -- hoje sede do Museu Nacional dos Direitos Civis, King, com 39 anos, foi atingido por um tiro do rifle de James Earl Ray e não sobreviveu.
Em reação à morte do líder, milhares de negros protestaram em dez Estados norte-americanos, pedindo igualdade de direitos, justiça e paz e relembrando que a luta de King era pacífica.










AP
Reverendo Martin Luther King Jr. (3º da esq. p/ dir.) na varanda do Lorraine Motel, em Memphis
Reverendo Martin Luther King Jr. (3º da esq. p/ dir.) na varanda do Lorraine Motel, em Memphis

Leia mais (30/04/2008 - 16h16)

Na América Latina, atraso econômico e ditaduras motivaram protestos

O ano de 1968 foi o ápice do movimento estudantil na América Latina, mas os protestos na região também foram motivados pela luta contra o subdesenvolvimento econômico e as ditaduras militares, além da atmosfera de contestação cultural que se tornava cada vez mais presente em todo o mundo na época.
A Revolução Cubana foi uma das inspirações para os latino-americanos, que passaram a acreditar que a guerrilha conseguiria realizar a revolução em seus países.
Conheça o contexto histórico em que viviam os países da América Latina em 1968:
Leia mais (30/04/2008 - 16h18)

Confira os livros e músicas que eternizaram as manifestações de 68

Os protestos estudantis e trabalhistas de 1968 foram retratados por autores de vários livros contemporâneos e posteriores à época. A música também teve um importante papel nesse período, pois funcionava como mais uma maneira de manifestação dos jovens.
As próprias manifestações estudantis se utilizaram da literatura já existente para construir seu movimento. A base teórica para os protestos de 1968 foi essencialmente Herbert Marcuse --o idealizador da nova esquerda-- e releituras do filósofo alemão Karl Marx.










Reprodução
Ator Paulo Autran em cena do filme "Terra em Transe" (1967), sob direção de Glauber Rocha
Ator Paulo Autran em cena do filme "Terra em Transe" (1967), sob direção de Glauber Rocha

Leia mais (30/04/2008 - 16h20)

No Brasil, 68 enfraqueceu estudantes e deu impulso à luta armada

Em maio de 1968, o Brasil vivia a ditadura militar, instaurada em 1964 após o golpe de Estado que destituiu o presidente João Goulart (1961-1964). Em grande parte do mundo, a década de 60 estava "incendiada" por movimentos da contracultura. Em 1968, o movimento estudantil marcou a França, e suas raízes se disseminaram pela Europa. Nos Estados Unidos, a cultura negra se rebelava. Na Tchecoslováquia, Alexander Dubcek tentava implantar um socialismo mais "humano".
Para Antônio Roberto Espinosa, doutorando em Relações Internacionais na USP e ex-comandante das organizações armadas VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) e VAL-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares), o ano de 68 foi "emblemático".










08.out.1968 - José Nascimento/FI
Manifestante é preso por agentes policiais no centro de São Paulo
Manifestante é preso por agentes policiais no centro de São Paulo

Leia mais (30/04/2008 - 16h22)

"Crise da sociedade mundial se agravou desde 1968", diz professor

Os movimentos estudantis de Maio de 68 foram reprimidos em todos os países nos quais ocorreram. Na França, o presidente Charles de Gaulle foi enfraquecido, mas voltou ao poder e conseguiu fazer um sucessor. No Brasil, a ditadura militar também sufocou as manifestações por liberdade. Na Tchecoslováquia (atual República Tcheca), o socialismo "humano" de Alexander Dubcek foi esmagado pelos tanques da ex-União Soviética (URSS).
Para Henrique Carneiro, professor da Faculdade de História da Universidade de São Paulo (USP), os manifestantes de 1968 não chegaram ao poder, mas obtiveram conquistas que moldaram o modo de vida atual. "As grandes conquistas ideológicas, e até simbólicas, instauraram uma política cultural alternativa. O movimento incorporou aspectos que continuam presentes hoje, como o feminismo, a revolução sexual, e a crítica às instituições".










8.abr.2008 - Charles Platiau/Reuters
Estudantes secundários da França relembram Maio de 68 em protesto contra reformas educacionais do governo Sarkozy
Estudantes secundários da França relembram Maio de 68 em protesto contra reformas educacionais do governo Sarkozy

Leia mais (30/04/2008 - 16h25)